O tempo em suspensão. A humanidade está sendo obrigada a combater uma pandemia. Os cientistas e infectologistas já dizem há tempos: a questão não é SE uma pandemia vai chegar e sim QUANDO. Pois bem, ela chegou. Nos resta tomar todas as precauções e nos preparar para enfrentá-la.
Estamos em isolamento social, precisamos proteger o grupo de risco, não passar o vírus adiante. Não podemos nos encontrar, nos abraçar. O contato está suspenso ou ao menos limitado.
Que a parada obrigatória nos faça REFLETIR sobre a vida em SOCIEDADE, sobre as relações, sobre o TODO que somos. Que o ser humano PENSE sobre seu papel na natureza, quando percebe que uma DESACELERAÇÃO de POUCAS semanas influencia monstruosamente na limpeza dos canais de Veneza.
As crises sanitária, humanitária e econômica serão grandes. Vamos passar por esta tragédia - nunca vivida em nossa sociedade contemporânea com estas proporções - tirando alguns aprendizados.
Que esta quarentena nos ensine sobre o outro mas também, e principalmente, sobre nós mesmos. Vamos refletir sobre o comportamento humano partindo de nós mesmos. Usar este isolamento para fazer um mergulho em si próprio.
Enquanto estamos confinados, vamos buscar a liberdade dentro de nós e explorar o autoconhecimento. Que no momento, a escolha nos leve ao cuidado e a ficar em casa. Para quando passar, voltarmos a curtir a sensação de liberdade com vento na cara.
Vamos nos cuidar agora para em breve poder abraçar os que estavam longe. Que a gente tire ensinamentos e valorize as relações verdadeiras, o olho no olho, a liberdade de ir e vir com consciência. Que a gente cuide melhor das cidades, da natureza e do coletivo. Que haja planejamento, pensamento no futuro, que a vigilância em relação ao outro seja no sentido do cuidado. Porque afinal, somos todos um. Todos, interligados, conexões que podemos não ver mas estão lá. Cada ponto desta rede tem valor.