Entre os anos 40 e 50, elas, com seus corpos esbeltos, formas voluptuosas, em poses sensuais, estampavam revistas, jornais, cartazes, calendários e pôsteres, que, nos Estados Unidos, eram pregados nas paredes por soldados, durante a Segunda Guerra Mundial, e também por trabalhadores em oficinas (o que não é incomum nos dias de hoje). É daí a origem do nome (do verbo em inglês pin up, que significa pendurar).
Apesar de terem feito mais sucesso nas décadas de 40 e 50, esse conceito já existia no final do século XIX, época do teatro de revista, quando dançarinas eram transformadas em estrelas e eram fotografadas. No início do século XX, influenciados pelas artes dos pôsteres, surgiram também os calendários, que traziam desenhos de mulheres com silhuetas idealizadas pela imaginação masculina da época.
Ilustração de Anne Cha
Elas eram ousadas: quando surgiram as primeiras pin-ups, a sociedade considerava ultrajante uma mulher usar roupas provocantes e ser fotografada seminua ou, até mesmo, nua. Essas fotografias, porém, não exibiam vulgaridade, pelo contrário, exibiam uma sofisticação aliada à delicadeza e à feminilidade. As pin-ups representavam um jeito delicado de erotismo, eram sensuais, de uma maneira convidativa e, ao mesmo tempo, inocentes. A expressão “sexy sem ser vulgar” sintetiza perfeitamente o que significa o termo “pin-up”.
Fora das imagens impressas, há exemplos de mulheres que representam o estilo pin-up no cinema e na música, inclusive hoje em dia, provando que esse conceito ultrapassa gerações. Marilyn Monroe, Dita Von Teese, Rita Hayworth, Betty Garble e Betty Pagie são consideradas ícones da cultura pop, do cinema e também das pin-ups, ocupando lugar de destaque como símbolos sexuais, sendo lembradas até hoje.
Nos dias atuais, o termo, agregado à moda vintage e retrô, voltou a estar em alta. Podemos encontrar referências a esse estilo tão marcante em roupas, cabelo e maquiagem de cantoras como Amy Winehouse, Katy Perry, Christina Aguilera e também a brasileira Pitty.
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